Casas Tradicionais de Portugal
Antes da uniformização trazida pela Revolução Industrial, cada povo construía as suas habitações rurais com os materiais que a Natureza punha à sua disposição: a madeira, o granito, o xisto, o basalto, a alvenaria caiada… Isso é particularmente visível em Portugal – um país não muito grande mas de admirável diversidade paisagística e cultural, reflectida nas casas tradicionais de cada região.
Esta colecção inclui 6 reproduções exactas e minuciosas dos mais característicos tipos de casa tradicional portuguesa, sem esquecer os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Constitui uma forma muito decorativa de evocar um passado não muito distante mas que vai caindo no esquecimento. As cores, as formas, os materiais, os tipos de porta e janela… uma memória ilustrada das habitações onde nasceram e viveram os nossos avós e bisavós. Um testemunho para as novas gerações.
(Nota: Estas peças são feitas de uma resina natural que absorve alguma humidade atmosférica, razão por que alguns exemplares poderão encontrar-se ligeiramente manchados, bastando passar-lhes um pano húmido para os limpar).
Casa de Calcário
Cód. 183504
Típicas da região saloia
A pedra escura usada em quase todas as outras regiões dá lugar, na região saloia, a casas caiadas de branco, não tanto como protecção contra o calor (como se faz no sul) mas, sobretudo, contra o vento forte e corrosivo, que a proximidade do mar carrega de salinidade. Os telhados vermelhos de quatro águas e as aduelas de pedra nos vãos compõem a silhueta típica destas casas que, frequentemente, têm um alpendre e um quintal, protegido por um muro. O vento (não o frio, nem a chuva ou a neve) é o elemento definidor deste tipo de casa. Fácil de compreender se nos lembrarmos de que esta região, da Ericeira à Malveira da Serra, é varrida por ventos fortes e apresentava uma elevada concentração de moinhos de vento, alguns dos quais ainda hoje visíveis perto de Fontanelas, por exemplo.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 14 x 12 cm (base) x 8,5 cm altura.
Casa de Granito
Cód. 183505
Como se fosse a própria rocha a ganhar portas e janelas, desafiando o clima e pelos tempos fora
Se é verdade que, em épocas recuadas, cada população construía as suas casas com os materiais disponíveis na sua região, o norte de Portugal teve o privilégio de ali ter o granito, porventura a mais nobre das pedras quando se trata de construir, seja um templo, uma fortaleza ou uma casa. E, deste modo, o mais humilde dos lares, o mais simples dos celeiros, dos estábilos ou das adegas adquire uma austera e natural nobreza que lhe é conferida pelo granito. De facto, em Portugal, quase tudo o que até nós chegou de tempos imemoriais, envolto em lenda e ecos da História, é granítico. Casas indestrutíveis, para sempre, como se quer a tradição de um povo.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 14,5 x 11,5 cm (base) x 9 cmaltura.
Casa madeirense
Cód. 183506
Inconfundíveis, um verdadeiro bilhete postal da Ilha da Madeira
A tradicional forma triangular terá tido origem no facto de antigamente os agricultores aproveitarem as cavernas, ou “furnas”,
como abrigo, armazém ou até residência temporária. Bastava, nesse caso, uma fachada e uma cobertura de colmo, para rematar o abrigo encaixado na rocha. Com o tempo, esta estrutura acabou por abandonar a gruta e autonomizar-se como construção característica, sobretudo, da vertente norte da ilha. Paredes laterais muito baixas suportam um telhado de duas águas, coberto de colmo, que por ser tão inclinado se torna muito alto e permite a existência de um segundo piso mais estreito. As cores vivas, tão ao gosto da população das ilhas, parecem intensificar-se na verdura natural da paisagem madeirense, sempre florida e sempre vivaz.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 8 x 10 cm (base) x 7,5 cm altura.
Casa de Xisto
Cód. 183507
A mais característica do Portugal profundo, e cuja montra mais conhecida é a famosa aldeia do Piódão
Nas zonas montanhosas do centro-norte do país, o clima é agreste e a terra é pobre. Para construir uma casa não há muito mais do que madeira – para as varandas e os sobrados – e a rocha da região, o xisto, para tudo o resto – as paredes, as escadas e até os telhados, com placas laminares. Esta casa é um prodígio de engenho – aquecida pela presença dos animais, na “loja”, e com aberturas reduzidas ao mínimo, para evitar as perdas de calor – e demonstração da coragem de um povo na luta contra a pobreza e as condições mais adversas. Uma casa que hoje nos parece primitiva mas que traduz uma admirável solução arquitectónica, perfeitamente integrada na sua paisagem.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 12 x 11,5 cm (base) x 9 cm altura.
Casa de terra
Cód. 183508
A casa típica do Algarve
Tal como no Médio Oriente e outras zonas do globo em que chove pouco, também no sul de Portugal existem casas de terra, a qual é amassada e compactada dentro de taipais, que são retirados depois de as paredes adquirirem a consistência definitiva, para então serem caiadas. A cal evita a erosão das paredes de terra e, sobretudo, reflecte a radição solar que é tão intensa nestas regiões. Paredes muito espessas (também porque a ausência de materiais rígidos na sua construção a isso obriga) e janelas muito pequenas completam a protecção contra o calor. Telhados, por vezes, com uma só água e terraços revelam que a chuva não é, de facto, um problema a ter em conta. A simplicidade da forma e a brancura total são equilibradas por apontamentos de cor, ao gosto do proprietário e, sobretudo, no rendilhado trabalho em cerâmica que torna tão típicas as chaminés algarvias.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 14 x 12 cm (base) x 7,5 cm altura.
Casa de Basalto
Cód. 183509
Típica dos Açores, com as características janelas de guilhotina
Tal como a Madeira, a Islândia e todas as ilhas de origem vulcânica, o Arquipélago dos Açores é rico em basalto – uma rocha cuja dureza e impermeabilidade a elegeram como primeiro material de construção numa terra em que o oceano faz sentir a sua presença omnipotente na forte salinidade do ar e nos ventos constantes e agrestes. Janelas e portas de cores vivas contrastam com a pedra negra das construções rurais, emolduradas por prados verdes e pelo imenso azul de céu e mar. Simples, robustas e genuínas. Tão parte da própria Natureza quanto é possível sê-lo.
Reprodução muito fiel e com grande pormenor, feita de resina. Dim.: 11,5 x 8,5 cm (base) x 8 cm altura.